Novembro 21, 2024

Belo Horizonte entra em situação de epidemia de dengue

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Segundo prefeitura, incidência está em 484,6 casos por 100 mil habitantes. OMS considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes configuram situação epidêmica.

Com o aumento de registros de dengue em Belo Horizonte, a prefeitura afirmou, nesta quarta-feira (7), que a capital entrou em um cenário de epidemia.

Segundo a administração municipal, a incidência da doença em BH está em 484,6 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes já configuram, formalmente, uma situação epidêmica.

De acordo com o último boletim epidemiológico do município, foram confirmados 1.952 casos de dengue três óbitos, além de 151 casos de chikungunya — doença que também é transmitida pela picada do Aedes aegypti.

Para o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, BH segue mantendo a assistência às pessoas e ampliando a capacidade de atendimento, mas é indispensável a colaboração da população em ações de prevenção ao mosquito.

“Nós monitoramos diariamente a situação da capital, a quantidade de casos confirmados e a pressão assistencial nas unidades de saúde da rede SUS-BH que atendem pessoas com sintomas de dengue. Porém, reforço novamente que é necessária a ajuda de cada um para eliminar, de dentro das casas, os possíveis recipientes que acumulem água e possam favorecer a procriação do mosquito”, disse o secretário.

A prefeitura também anunciou que, a partir desta quinta-feira (8), o processamento de amostras de exames PCR, para diagnóstico de denguechikungunya e zika, começará a ser realizado no setor de Biologia Molecular do Laboratório Municipal de Referência.

Prefeitura amplia locais para atendimento de casos de dengue em BH — Foto: Amira Hissa/PBH

“A estratégia é para agilizar os resultados, garantindo tratamento e cuidado em tempo oportuno. A capacidade é de 200 análises por dia e esse quantitativo será ampliado gradativamente”, afirmou a administração municipal.

Ampliação de atendimento

Até o momento, há seis unidades específicas para atendimento exclusivo de pessoas com sintomas de denguechikungunya e zika em Belo Horizonte. No entanto, a prefeitura disse que novos locais podem ser abertos para atender o aumento da demanda, caso seja necessário.

Nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova, três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) funcionam das 7h às 22h. Eles são porta aberta e oferecem cuidado de forma espontânea a pessoas que apresentam sintomas como febre, dores no corpo ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

Já as Unidades de Reposição Volêmica (URV) têm atendimento todos os dias, 24 horas, nas regionais Centro-Sul e Venda Nova. Os locais recebem exclusivamente os usuários encaminhados de outros serviços de saúde que precisam de hidratação e assistência contínua.

Há também uma URV no Hospital Júlia Kubitschek, na Região do Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e atende os usuários de 7h às 19h.

O endereço completo de todas as unidades pode ser verificado no site da prefeitura.

FONTE:  g1 Minas — Belo Horizonte

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