Belo Horizonte entra em situação de epidemia de dengue
Segundo prefeitura, incidência está em 484,6 casos por 100 mil habitantes. OMS considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes configuram situação epidêmica.
Com o aumento de registros de dengue em Belo Horizonte, a prefeitura afirmou, nesta quarta-feira (7), que a capital entrou em um cenário de epidemia.
Segundo a administração municipal, a incidência da doença em BH está em 484,6 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes já configuram, formalmente, uma situação epidêmica.
De acordo com o último boletim epidemiológico do município, foram confirmados 1.952 casos de dengue e três óbitos, além de 151 casos de chikungunya — doença que também é transmitida pela picada do Aedes aegypti.
Para o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, BH segue mantendo a assistência às pessoas e ampliando a capacidade de atendimento, mas é indispensável a colaboração da população em ações de prevenção ao mosquito.
“Nós monitoramos diariamente a situação da capital, a quantidade de casos confirmados e a pressão assistencial nas unidades de saúde da rede SUS-BH que atendem pessoas com sintomas de dengue. Porém, reforço novamente que é necessária a ajuda de cada um para eliminar, de dentro das casas, os possíveis recipientes que acumulem água e possam favorecer a procriação do mosquito”, disse o secretário.
A prefeitura também anunciou que, a partir desta quinta-feira (8), o processamento de amostras de exames PCR, para diagnóstico de dengue, chikungunya e zika, começará a ser realizado no setor de Biologia Molecular do Laboratório Municipal de Referência.
Prefeitura amplia locais para atendimento de casos de dengue em BH — Foto: Amira Hissa/PBH
“A estratégia é para agilizar os resultados, garantindo tratamento e cuidado em tempo oportuno. A capacidade é de 200 análises por dia e esse quantitativo será ampliado gradativamente”, afirmou a administração municipal.
Ampliação de atendimento
Até o momento, há seis unidades específicas para atendimento exclusivo de pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika em Belo Horizonte. No entanto, a prefeitura disse que novos locais podem ser abertos para atender o aumento da demanda, caso seja necessário.
Nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova, três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) funcionam das 7h às 22h. Eles são porta aberta e oferecem cuidado de forma espontânea a pessoas que apresentam sintomas como febre, dores no corpo ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Já as Unidades de Reposição Volêmica (URV) têm atendimento todos os dias, 24 horas, nas regionais Centro-Sul e Venda Nova. Os locais recebem exclusivamente os usuários encaminhados de outros serviços de saúde que precisam de hidratação e assistência contínua.
Há também uma URV no Hospital Júlia Kubitschek, na Região do Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e atende os usuários de 7h às 19h.
O endereço completo de todas as unidades pode ser verificado no site da prefeitura.
FONTE: g1 Minas — Belo Horizonte